Produzido a partir de fontes renováveis como a cana-de-açúcar e o milho, o etanol está se consolidando, cada vez mais, como uma peça central na estratégia brasileira de diversificação energética. Recentemente, o governo federal sancionou o Projeto de Lei 528/2020 – a chamada “Lei do Combustível do Futuro” – que, entre outras ações, aumenta a margem de etanol na gasolina para até 35%. O objetivo é reduzir a dependência de combustíveis fósseis e colocar o Brasil um passo à frente na luta contra os efeitos das mudanças climáticas.
Atento a este movimento, que traz uma onda de investimentos em novas operações industriais voltadas à produção de etanol, o setor privado já se organiza para atender ao crescimento da demanda. Na prática, a expansão da produção significa a criação de novas oportunidades de negócios e, é claro, a geração de novos empregos.
Dentre os cargos mais procurados neste contexto está uma posição estratégica e altamente especializada: a Diretoria de Operações, na qual o background e as experiências prévias dos candidatos em áreas e commodities específicas podem ser grandes diferenciais.
Especificidades da produção
Conhecer as particularidades do setor é um dos principais diferenciais para quem almeja uma posição executiva em meio às oportunidades geradas pelo crescimento dos investimentos em etanol. O processo de produção pode variar de acordo com a matéria-prima utilizada e este é um ponto relevante a ser levado em consideração na hora de recrutar um executivo para comandar a operação de uma empresa do setor.
O etanol de cana-de-açúcar, por exemplo, tem um processo produtivo mais consolidado no Brasil, onde as condições climáticas e o know-how da indústria já estão bem estabelecidos. Por outro lado, o etanol de milho, cuja produção está crescendo cada vez mais, especialmente no Centro-Oeste, enfrenta desafios próprios. Diferente da cana, o milho precisa de uma logística específica para ser transportado e armazenado, e a produção também pode ser mais complexa dependendo da infraestrutura local.
Perfil das lideranças
Essas diferenças influenciam diretamente no perfil almejado para a liderança responsável pela gestão de Operações, uma vez que esses processos exigem conhecimentos técnicos únicos. A escolha entre investir em uma planta de cana-de-açúcar ou de milho depende de uma série de fatores, que vão desde o custo da matéria-prima até a localização – passando, é claro, pelos objetivos da companhia. Líderes que entendem as nuances desses processos e têm a capacidade de navegar por essa ampla gama de desafios técnicos serão essenciais para garantir o sucesso dessas expansões.
Mas o conhecimento específico sobre o setor não é o único desafio que vem sendo encontrado pelas empresas em seus processos de recrutamento de executivos. Muitas das novas plantas de etanol estão localizadas em áreas interioranas, longe dos grandes centros, o que demanda profissionais dispostos a enfrentar não apenas os desafios técnicos, mas também a gestão de equipes em locais com menos acesso à infraestrutura urbana.
Outro ponto importante é o perfil das empresas que estão à frente dessa expansão. Muitas delas são empresas familiares, com uma gestão mais tradicional e preocupações específicas em relação à continuidade do legado. Outras, são multinacionais ou empresas de capital aberto, que precisam de uma liderança mais focada em inovação e gestão de stakeholders.
Em qualquer um desses casos, o desafio de recrutamento é claro: a busca por líderes que não só tenham conhecimento técnico, mas também capacidade de adaptação para atuar em diferentes cenários.
Evermonte Executive Search
Referência em recrutamento executivo na Região Sul do Brasil, a Evermonte tem como propósito garantir a evolução da governança corporativa por meio do recrutamento de lideranças estratégicas. Com escritórios em Porto Alegre, São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Joinville, o grupo conta com uma equipe de headhunters especialistas, com vasta experiência nas áreas para as quais recrutam. Seus processos seletivos são conduzidos a partir de uma metodologia própria, que inclui a utilização de ferramentas de Inteligência Artificial, people analytics e avaliação cognitiva para garantir os melhores resultados aos seus parceiros.
Fonte: EconomiaSC
Por Guilherme Neves, sócio e headhunter na Evermonte Executive Search.
Foto: Divulgação.