As vendas de gasolina em outubro atingiram 3,86 bilhões de litros, avanço de 3,9% ante o mesmo mês do ano passado, enquanto o etanol hidratado – seu concorrente direto nas bombas – somou 1,86 bilhões de litros, alta de 14,4% na mesma comparação.

Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“A recuperação do consumo de gasolina era esperada em meio à tendência de fortalecimento sazonal do consumo de combustíveis leves como um todo no quarto trimestre, o que apoia as vendas do fóssil mesmo em situação de uma paridade menos favorável (ante o etanol) em alguns estados”, disse a analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Isabela Garcia, em nota.

No acumulado do ano, entretanto, as vendas de gasolina ainda acumulam queda de 4,5%, com volume total de 36,5 bilhões de litros vendidos no período, disse a ANP.

Para a especialista, mesmo que a demanda siga crescente em novembro e dezembro, espera-se que o indicador de consumo termine 2024 em queda devido a uma menor competitividade em relação com o etanol.

Com preços a seu favor, o etanol acumulou vendas de 17,89 bilhões de litros entre janeiro e outubro, configurando uma alta de 40,7% ante o mesmo período de 2023.

Diesel
As vendas de diesel B por distribuidoras no Brasil atingiram um recorde mensal de 6,23 bilhões de litros em outubro, uma alta de 8,1% ante o mesmo mês do ano passado, apontaram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Os resultados de outubro receberam impulso do aquecimento da economia brasileira, afirmou a analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Isabela Garcia, em nota.

“O resultado estende e aprofunda a tendência que se observa ao longo do último ano, conforme uma economia mais aquecida em diversos setores impulsiona a demanda por fretes e, consequentemente, o consumo de diesel B (já misturado com biodiesel)”, afirmou a especialista.

No acumulado do ano até outubro, as vendas de diesel B pelas distribuidoras somaram 56,7 bilhões de litros, alta de 3,7% em relação ao mesmo período de 2023, mostraram os dados da ANP.

“A expectativa é de que o consumo siga aquecido nos próximos meses, mas sendo menos provável de repetir o resultado de outubro, e devendo manter uma forte alta anual mesmo com uma provável desaceleração da demanda em dezembro – sazonalmente esperado para o mês”, ponderou Garcia.

Fonte: RPA News
Com informações da Reuters / Marta Nogueira